1 de fevereiro de 2014

Tentação ao Pôr do Sol (Os Hathaways 3) - Lisa Kleypas (Resenha)

Leitura da Semana

Tentação ao Pôr do Sol
Os Hathaways 3
Lisa Kleypas


Tentação ao Pôr do Sol, de Lisa Kleypas, é o terceiro volume da série sobre a excêntrica e nada convencional família Hathaway. É um romance de época da Editora Arqueiro.
Os Hathaways são simplesmente sensacionais! Uma família barulhenta, eclética e cheia de amor. Nossa inclusão à família começou em Desejo à Meia-Noite (resenha - clique aqui), com a história de Amelia Hathaway e Cam Rohan. Depois, em Sedução ao Amanhecer (resenha - clique aqui), segundo livro da série, foi a vez - finalmente! - de Win e do tarracudo Merripen. Agora, em Tentação ao Pôr do Sol, a inteligente Poppy encontra o sombrio Harry Rutledge, um vilão em forma de príncipe encantado. Ou seria o contrário? ;-)

Vocês se lembram que Poppy perseguiu Dodge, o furão de Beatrix, nos corredores do Hotel Rutledge em Sedução ao Amanhecer? Pois bem, esse é o ponto de partida de Tentação ao Pôr do Sol.
 "No conto de fadas...", ele dissera, " eu provavelmente seria o vilão."
Era verdade.
E estava prestes a se casar com ele.
(Poppy - pág. 112)

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  Londres, Hotel Rutledge, Maio de 1852


Os Hathaways estão mais uma vez hospedados no Hotel Rutledge durante a temporada de bailes em Londres. Mas vocês acham que os Hatahways conseguem ficar longe de um bom escândalo por muito tempo??? Nem preciso responder pois aposto que vocês já sabem a resposta...

Poppy Hathaway está no seu terceiro ano em Londres. Bonita, gentil e extremamente inteligente, Poppy, aos 23 anos, ainda não conseguiu um bom partido. Apesar de fascinante e desejável, os homens têm medo dela, afinal, ela é inteligente demais para os padrões da época e, bem, ela é uma Hathaway - sinônimo de confusão! Poppy já estava resignada a voltar à Hampshire sem um pretendente...


Tudo começa por causa de Dodge, o maldito furão de Beatrix. Dodge rouba uma carta de amor enviada à Beatrix e sai farreando pelos corredores do Hotel. E Poppy, preocupada que a carta caia em mãos erradas e que sua reputação fique comprometida, sai desesperada atrás do danado furão. O que Poppy não esperava é que um estranho de penetrante olhos verdes a pegasse dentro da sala do dono do hotel!

Após a agressividade inicial do estranho, ele a aborda com profundo interesse. E seria também desejo naqueles olhos magníficos? Quando Poppy descobre que o homem fascinante à sua frente é ninguém mais ninguém menos que Harry Rutledge, o dono do Hotel, e cuja reputação é tão duvidosa quanto negra, Poppy pede toda discrição possível para o ocorrido. Ela não queria ser alvo das fofocas entre os empregados do Hotel... Mas ele faria isso? Seria discreto?
- Antes de sair - falou ele num tom manso -, quero lhe dar um conselho. Não é seguro
para uma jovem andar sozinha pelo hotel. Não se exponha novamente a esse risco desnecessário.
Poppy ficou tensa.
- Mas é um hotel de respeito - argumentou ela. - Não há nenhum perigo.
- É claro que há. Está olhando para ele.
E antes que ela conseguisse pensar, mover-se ou respirar, ele inclinou a cabeça e tomou sua boca na dele.
(Poppy e Harry - pág. 23)

Ela consegue se livrar de Rutledge, capturar Dodge, mas cadê a bendita carta?
 
 Harry Rutledge é implacável. Administra seu Hotel com mãos de ferro, tem uma postura impessoal e rígida e trata de negócios com todo tipo de gente. Com isso, ganhou muitos inimigos e pouquíssimos amigos - que na verdade o temem. Com um passado triste, ele venceu por seu trabalho árduo e construiu sua própria fortuna. Dono de uma mente inquieta e criativa, Rutledge não ama ninguém, não confia em ninguém, manipula a todos e controla milimetricamente cada um de seus passos.

Mas assim que botou os olhos em Poppy Hathaway, sua Poppy, ele a desejou. Estava acostumado a ter o que queria e faria de tudo para tê-la. Não mediria esforços e tampouco se importaria em usar seus métodos mais obscuros. Era sua vontade, e pronto. Ela seria dele. Custe o que custasse.  
Pelas leis de equilíbrio do Universo, Poppy hava sido posta no mundo para compensar Harry e sua maldade. Era por isso, provavelmente, que se sentia tão irresistivelmente atraído por ela: como duas forças magnéticas opostas.
(Harry - pág. 183)

 Ele já a havia "notado" no Hotel. E quando percebeu que era Poppy quem invadira seu escritório, essa seria a ocasião perfeita para fazer as coisas funcionarem a seu favor...
É nesta parte que vemos o lirismo: Rutledge não conhece o amor. E queria Poppy, não para desfrutar de algumas noites e arruinar sua reputação, mas sim como sua esposa. Tão rápido Rutledge? 
- Poppy Hathaway, sussurrou ele, como se fosse um encantamento.
Vira a jovem de longe duas vezes, uma quando ela entrava em uma carruagem na frente do hotel e a outra em um baile que ele havia oferecido no Rutledge. ele não comparecera ao evento, mas ficar observando por alguns minutos de um ponto privilegiado em um balcão do andar superior.Apesar de sua beleza e dos cabelos cor de mogno, não havia pensado nela depois disso.
Encontrá-la pessoalmente, porém, causara uma transformação. (..)
Um sorriso relutante distendeu seus lábios quando ele se dirigiu a outra cadeira.
Poppy. Como agira de forma natural, falando de astrolábios e monges franciscanos, enquanto examinava seus tesouros. Sua palavras eram jorros brilhantes, como confetes no ar. ela irradiava um tipo de astúcia animada (...) Havia algo nela, alguma coisa (...) E aquele rosto... inocente, cheio de conhecimento e franqueza.
Ele a desejava.
(Harry - págs. 24/25)
 Mas havia um empecílio: o pretendente desafortunado que enviara a carta à Poppy. A carta que ELE interceptara...  #ops!spoiler
- Se entendesse alguma coisa sobre o amor - contrapôs Catherine, causticamente -, saberia que Poppy jamais escolheria qualquer outro em vez do homem a quem já entregou seu coração.
- Ele pode ficar com o coração - foi a resposta casual de Harry. - Desde que eu fique com o resto.
(Catherine e Harry - pág. 61)
Rutledge traça então teias perigosas que prendem Poppy em mais um escândalo. E como todo escândalo dos Hathaways acaba em casamento...
Ponderando os eventos da noite, Harry se sentiu tomado por um triunfo imoral. Não, não era triunfo... era euforia. tudo acontecera de um jeito muito mais fácil do que havia esperado, sobretudo com a aparição inesperada de Michael Bayning no baile dos Norbuys. O idiota praticamente lhe entregara Poppy em uma bandeja de prata. E quando uma oportunidade surgia, Harry a agarrava.
(Harry - pág. 94)

E começa uma relação "puxa empurra"

Harry raramente perdia a cabeça, mas ultimamente não conseguia manter seu comportamento frio e controlado.
"Nenhuma palavra é bálsamo suficiente para um espírito ferido" (pág. 83)
E Poppy se sentia como mais um objeto da coleção de Harry...
"É esse o homem com quem me casei." (
Rutledge não era o que Poppy queria para sua vida. Ele era o vilão que destruíra seus sonhos e a conduzia para um casamento solitário. Mas tinha que admitir que ele era fascinante e... perigoso. E havia desejo em seus olhos... ciúmes... o sentimento de posse... e a sombra da traição que ainda pairava sobre eles. Seria possível viver assim? 
 "Ela teria sido sua, se realmente a quisesse, mas eu a quis mais." (Harry - pag. 198)
(definitivamente, a melhor frase do livro!)

Mais cedo ou mais tarde Poppy teria que lidar com o desejo e o amor que crescia dentro de seu peito. Como poderia perdoar e amar o homem que fora responsável por sua ruína, que queria manipulá-la e aprisioná-la?
  
Pois é queridos leitores, só lendo Tentação ao Pôr do Sol para ver onde isso vai acabar. E como os Hathaways estão envolvidos... espere que aconteça de tudo! :-D

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  Reputação X Virtude


Harry Rutledge é inteligente, rico e - nem preciso dizer - lindo de morrer. Apesar do jeito hostil, é carinhoso e se importa com as pessoas.  Rutledege chega "enquadrando" Poppy logo no início do livro. Ele sabe o que quer, definitivamente. O vilão está encantado pela doce Poppy: sua inteligência e beleza o fascina.  Ele não é o mocinho. E nem o anti-herói. Talvez o "mocinho mau"? Ou o "vilão bom"? Existe isso??? Harry é tão complexo que fica difícil explicar. Ele mesmo diz à Poppy que não é o príncipe encantado, mas sim o vilão que veio para salvá-la. Ele sabe que é o vilão e que faz coisas imorais - principalmente para ter Poppy a seu lado.
- Acha que pode dizer eu é um bom homem, Harry?
Ele teve que pensar na resposta.
- Não - disse finalmente. - No conto de fadas que mencionou ontem à noite, eu provavelmente seria o vilão. mas é possível que o vilão a trate melhor do que o príncipe encantado teria tratado.
Poppy tentou entender qual era o problema com ela, por que essa confissão a divertia, em vez de assustá-la
- Harry, ninguém corteja uma mulher dizendo-lhe que é um vilão.
Ele a olhou com um ar de inocência que não a enganou nem por um instante.
- Estou tentando ser honesto.
(Harry e Poppy - pág. 104)
A relação deles vai amadurecendo durante o decorrer da trama.  Harry vai ganhando a confiança de Poppy, apesar dela estar ciente de que ele não é flor que se cheire. Mesmo as vezes soltando palavras duras e impensadas, a aspereza de Harry vai cedendo e dando lugar à uma doçura, tanto no seu olhar como nos seus gestos. E ele não mede esforços para agradar Poppy. Harry é um homem das cavernas na versão "moderna" ;-)
- Você é perigoso? Todos dizem que é.
- Para você? Não.

- Para os outros?
Harry deu de ombros com ar inocente.
- Sou um hoteleito. Que perigo pode haver nisso?
ela o encarou em dúvida, sem deixar se enganar.
- Posso ser ingênua, Harry, mas não sou estúpida. Sabe que há boatos, conhece sua reputação. É tão inescrupuloso quanto dizem?
Harry ficou inquieto por um momento (...)
- Não sou um cavalheiro - disse. - Nem de nascimento nem por caráter.Poucos homens podem se dar ao luxo de ser honrados enquanto perseguem o sucesso. Não minto, mas raramente revelo tudo o que sei. Não sou um homem religioso nem espiritualizado. Ajo em defesa dos meus interesses, e nunca fiz segredo disso. Porém, sempre cumpro minha parte em um acordo, não trapaceio e pago minhas dívidas.
(Poppy e Harry - pág. 101)
Poppy é doce. Sua maturidade se completa durante a vida conjugal e, apesar do casamento ter começado do avesso, ela dá um show sobre relacionamento e confiança. E, para completar, Cam, Merripen e Leo viraram também conselheiros amorosos! Céus! Onde vamos parar??? rsrsrs
Poppy é direta e ao mesmo tempo sutil. Consegue rapidamente entender Harry, seus temores e anseios. Ela tem uma certa leveza e, das Hathaways, posso dizer que é a menos ousada e a menos passional - diferentemente de Amelia e Win que têm mais "atitude" (também, com dois Roms como Cam e Kev... Céus, de novo! rsrsrs).
Como Poppy é empurrada para o casamento logo no início do livro, não há, digamos, uma certa sedução inicial. A trama em si se centraliza na relação pós-casamento de Poppy e Harry - e é lá que tudo acontece: o amor, os desentendimentos, os jogos sedução e de poder, e os Hathaways em ação!  #seguuuura!
Poppy o puxou para mais perto até que sua boca tocar a dele. O contato foi breve, mas
vital, e provocou uma onda de calor.
Quando ela o soltou com cuidado, Harry recuou.
 – Recusou-se a me beijar por diamantes, mas me beija por chocolates?- provocou ele com voz rouca.
 Poppy assentiu.
Harry virou o rosto, mas não antes de Poppy perceber o sorriso que ele não conseguiu conter.
 – Vou encomendar entregas diárias, então.
(Poppy e Harry - pág. 158)

 

  Muita confusão e escândalos: marca registrada dos Hathaways


Como os dois primeiros volumes da série foram adoráveis, era de se esperar que eu tivesse expectativas altíssimas para este livro. E, felizmente, elas foram ultrapassadas. Percebi que em Tentação ao Pôr do Sol os personagens ganharam uma certa leveza, dando a impressão de que a série ganhou um novo ar.

Há sensualidade em diversos momentos da trama, mas eu diria que é diferente dos dois primeiros livros. Há uma delicadeza em Harry - diferente do "fogo" de Cam e Merripen. Não que os amados Roms não sejam carinhosos, não é isso! Eles são tudo de bom! Só acho que Harry se controla um pouco mais. 
Há algumas mudanças no jeito como Lisa Kleypas escreveu este terceiro volume. Sutis, mas definitivamente estão ali e são boas. 

Isso sem falar na mudança de comportamento de Leo Hathaway... Ele está impossível de se lidar! (e eu adoro isso!) :-D
Também fiquei imaginando a hora em que Merripen, o "bruto inclemente", se encontrasse com Harry. Com certeza, o rom faria picadinho do hoteleiro. Mas Kev Merripen foi dar conselhos para Harry. Hein?!?!?! E me assustei quando Cam chamou Harry pra briga. Cam brigando?  Que é que deu na cabeça desses Hathaways? Perdi alguma coisa?
- Devo alertá-lo, Rutledge - falou Leo num tom suave -, que minha intenção era matá-lo imediatamente, mas Rohan me convenceu de que seria melhor conversarmos por alguns minutos primeiro. Pessoalmente, acho que ele está tentando me fazer esperar para ter ele mesmo o prazer de matá-lo. E mesmo que Rohan e eu não o matemos, provavelmente não vamos conseguir impedir meu cunhado Merripen de tirar sua vida.
Harry apoiou o quadril na beirada da mesa de mogno.
- Sugiro que esperem até Poppy e eu nos casarmos, assim pelo menos ela será uma viúva respeitável.
(Harry, Leo e Rohan - págs. 94/95)
Viajamos nos cenários de Londres e Hampshire, adentramos nos bailes sociais do século XIX e somos arrastados pelo furacão chamado Hathaways. Por ser um romance de época, não adentramos profundamente em fatos históricos, mas apenas no cotidiano social de Londres. Os cenários são bem construídos e de forma simples - assim não nos perdemos durante a narrativa. Os personagens não são superficiais, tem características muito peculiares e os diálogos são dinâmicos e mordazes, prendendo o leitor. Outra vez Lisa Kleypas dá um show na narrativa e mostra porque é uma das autoras mais queridas no circuito internacional.
A leitura é prazerosa e rápida. O livro é envolvente e impossível de largar!

Se você não conhece e nem faz parte dessa família deliciosa, não sabe o que está perdendo!
Sinceramente, estou totalmente SPEECHLESS! Sem palavras e não consigo respirar direito.

Leitura: OBRIGATÓRIA. (Não leu ainda? Tá esperando o quê?)

Status da Leitora: Em terapia (sintoma: DPL* em nível altíssimo! Recomendação médica: ministrar mais livros dos Hathaways em alta dosagem)    *DPL = Depressão Pós-Livro

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  Um Por Todos e Todos Por Um!


Amelia, Win, Leo, Poppy e Beatrix, e os "agregados" Cam Rohan, Kev Merripen, Harry Rutledge e Catherine Marks
Os Hathaways são adoráveis! São infinitamente incríveis na bondade e no amor e prezam a liberdade de escolha. Queira fazer parte dessa família. Seria uma garantia de diversão, com certeza. Ah, e claro, de escândalos! Adoro quando eles "causam" ;-)

São excêntricos e estão totalmente fora dos padrões da época. Não possuem título de nobreza, mas possuem um amor infinito e um laço familiar que ultrapassa qualquer entendimento ou preconceito. Por  serem tão diferentes e nada convencionais, parece que os "escândalos" os perseguem - e por isso não precisam se esforçar muito para chocar a sociedade Londrina...


Quem rouba DEFINITIVAMENTE todas as cenas nesse livro é Leo Hathaway. O libertino Lorde Ramsay, está simplesmente IMPOSSÍVEL! Ácido e sarcástico, seus comentários e atitudes me arrancaram muitas risadas - imagine eu, no silêncio do meu quarto, no meio da madrugada... rindo! Leo tem um interesse especial pelas regras sociais só para poder quebrá-las. Não vejo a hora desse libertino tudo de bom pagar por todos os seus pecados nas mãos da Srta. Marks, em Manhã de Núpcias. Quem está na torcida comigo?  \o/
O personagem de Leo ganhou forma. No primeiro livro eu o via como uma "dor de cabeça" necessária, um cara "sem sal sem açúcar". No segundo, ele ganhou minha atenção por causa dos duelos verbais com Catherine Marks. Mas agora, neste livro, Céus!!! (de novo)  #TeamLeoHathaway
Como prometido, Leo viera acompanhar a família ao baile. (...) Os Hathaway esperaram na fila de convidados que se formava no hall de entrada.
- Veja como todos são dignos e educados - comentou Leo observando o grupo. - Não posso ficar muito tempo. Alguém pode me influenciar.
(Leo - pág. 76)
Falando em Catherine Marks, uma parte do passado sombrio da austera dama de companhia das Hathaways é revelado neste livro. E ela com certeza nasceu exclusivamente para infernizar Leo - e vice-versa. Leo e Marks garantem momentos de puro deleite ao leitor.

Cam Rohan continua o doce de sempre. Ele é o guia da família, o chefe, o porto seguro de sua "tribo Hathaway". Amelia ainda é a matriarca da família, com seu jeitinho mamãe ganso. Win e Merripen ainda estão no momento "lua de mel" - assim como Cam e Amelia. Merripen está mais 'domesticado', mas pronto para acabar com Rutledge a qualquer momento... ainda mais com Leo botando lenha na fogueira! rsrsrs
Furão

Beatrix já está com o pé nos seus 19 anos e continua aprontando com sua coleção de bichinhos: Dodge, o furão, e Medusa, um porco espinho. Ela é a que menos se preocupa em debutar em Londres.
Beatrix está mais madura, sem aquele comportamento infantil dos livros anteriores, mas ainda desprovida do tato feminino. Entretanto, ela  parece ser a única entre os Hathaways capaz de ler as "entrelinhas" - ela previu sobre Kev e Win, sobre Popy e Harry e, well, sobre Leo... E Beatrix adora usar metáforas sobre bichos para explicar sua visão sobre esses "relacionamentos".

Escadalosamente delicioso


O livro é narrado em terceira pessoa e viajamos pelas perspectivas dos personagens (já falei outras vezes que adoro isso, não é?).

Um dos vários pontos positivos desta série é o fato das histórias entre um livro e outro se encaixarem perfeitamente:

- Em Desejo à Meia-Noite (o primeiro livro), tivemos um vislumbre da tensão entre Wim e Merripen - e vocês viram no que isso foi dar no volume seguinte!
- Em Sedução ao Amanhecer (o segundo livro),  presenciamos a perseguição de Poppy à Dodge nos corredores do Hotel Rutledge... e novamente, isso acabou em escândalo no terceiro livro. Também vimos a implicância e os arranca-rabos entre Leo e Marks. Tudo isso nos leva à tramas paralelas cujo andamento e desfecho só ficamos sabendo no livro seguinte. Haja coração!
- Já em Tentação ao Pôr do Sol (o terceiro livro), Lisa Kleypas nos enche de pistas sobre Leo e Marks: alguma coisa aconteceu no jardim, a fuga repentina de Leo para Londres... mas isso é coisa que só iremos descobrir em Manhã de Núpcias, o quarto livro da série a que será lançado pela Editora Arqueiro#ArqueiroEuTeAmo



- Maionese

Tem um momento em que Leo (para variar...) vai com os Hathaways à um dos bailes em Londres e, quando chega lá, ele pensa: "Tédio! Tédio! Tédio!". Na hora me lembrei da Narcisa Tamborindeguy no comercial do BomNegócio.Com: "Aí que tédio!"   #aloka

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  Uma Breve Viagem


Passando por Londres, hora de se hospedar no Hotel Rutledge...
Hotel Rutledge (fictício, ok?)


 Hampshire 
(onde fica Ramsay House - casa atual dos Hathaways)
Highclere Castle - Hampshire, Inglaterra

Four Seasons Hotel - Hampshire, Inglaterra
 

 Londres!
Londres, Inglaterra

Fleet Street - Londres, Inglaterra
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  Book Trailer



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 O Livro



Tentação ao Pôr do Sol
Os Hathaways - Livro 3

Autora: Lisa Kleypas

Editora: Arqueiro
Assunto: Literatura Estrangeira / Romance de Época
ISBN: 858041234x
ISBN-13: 9788580412345
1a Edição / 2014
272 Páginas



- Sinopse:

Poppy Hathaway está em Londres para sua terceira temporada de eventos sociais. Como nos dois anos anteriores, ela se hospedou com a família no hotel Rutledge. E, como nos dois anos anteriores, tudo indica que retornará a Hampshire sem ter encontrado um pretendente com quem se casar.
Apesar de ser extremamente bonita e gentil, Poppy tem duas grandes desvantagens em relação às outras moças - sua inteligência deixa muitos homens acuados e o fato de vir de uma família tão pouco convencional faz com que os melhores partidos nem sequer a abordem.
Mas o destino a coloca no caminho de Harry Rutledge, um homem de passado triste, que venceu na vida por conta própria e aprendeu a encarar tudo como um negócio. O dono do hotel não ama ninguém, confia em poucos e manipula todos. Porém, mesmo sendo tudo o que Poppy nunca almejou, ela não pode negar o fascínio que sente por ele.
Quando Harry conhece Poppy, é tomado pelo desejo. Ele imediatamente tem a certeza de que a jovem será sua - e, para o bem ou para o mal, não mede esforços para que isso aconteça.
Mas fascínio e desejo não serão suficientes para construir sua história, sobretudo quando uma traição põe em jogo as bases do relacionamento. Agora, é entre quatro paredes que eles tentarão resolver problemas e anular diferenças, num romance sensual em que seu futuro pode mudar a cada toque, cada encontro, cada descoberta.

Os Hathaways
1. Mine Till Midnight (2007) - Desejo à Meia-Noite (confira a resenha - clique aqui)
2. Seduce Me At Sunrise (2008) - Sedução ao Amanhecer  (confira a resenha - clique aqui)
3. Tempt Me at Twilight (2009) - Tentação ao Pôr do Sol
4. Married By Morning (2010) - Manhã de Núpcias
5. Love In The Afternoon (2010)




Capas Estrangeiras
 
 


"É ponto fundamental para a felicidade 
que o homem se disponha a ser o que é." 
(Erasmo)


- Link bacana sobre os Hathaways: http://a-bookaholic-fashionista.blogspot.com.br/2011/04/hathaway-family-series-by-lisa-kleypas.html

Um comentário:

  1. Olá amei seu blog sua resenha está completíssima. Parabéns.

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