5 de maio de 2016

A Intrusa - Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida


Em breve a Pedrazul irá lançar um clássico da literatura nacional: A Intrusa, de Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida. A autora foi uma das "40 imortais" da primeira lista da Academia Brasileira de Letras, mas foi impedida de assumir seu lugar por ser mulher.
Confira a capa e sinopse:


A Intrusa
Pedrazul
2016

Alice Galba se apresentou para a entrevista de emprego com um grosso véu cobrindo seu rosto, portanto, ele nada viu, a não ser a desgastada sola de uma velha bota. Usando quase sempre o mesmo vestido sóbrio, ela vivia na mesma casa, mas governanta e patrão nunca se encontravam. Há nove anos ele havia feito uma promessa à mulher ciumenta, em seu leito de morte, de jamais voltar a se casar, e evitava, a qualquer custo, as armadilhas do destino e a maledicência das pessoas. 
Mas, logo após a chegada de dona Alice à casa das Laranjeiras, no Rio de Janeiro do século XIX, ele já passou a sentir a sua influência e, com o passar dos dias começou a sentir a sua presença, seu doce cheiro, e, através dos livros que, na pressa, ela deixava para trás, ele começou a conhecê-la e a fantasiar sobre como seria o rosto por trás daquela alma tão especial. 
Lutando contra os ciúmes da sogra, se esquivando das mães e moças casamenteiras, ele se vê preso a uma pessoa que jamais viu, mas que ansiava conhecer. Ele nunca a viu, mas se apaixonou por sua alma!


- Sobre a autora
Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida era filha de um médico que se tornou o Visconde de São Valentim. Nasceu em 1862 e morreu em 1934 com 71 anos. Começou a sua carreira escrevendo escondido, pois, àquela época a literatura não era vista como uma atividade própria para mulheres. Fez parte do grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da Academia Brasileiras de Letras (ABL). Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundaram a entidade, mas na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído por ela ser mulher. Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a francesa. No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, poeta português, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte".
Além de A Intrusa são dela vários romances: A Família Medeiros; Memórias de Marta; A Viúva Simões; A Falência; Cruel Amor, A Silveirinha; A Casa Verde (com Felinto de Almeida); Pássaro Tonto; O Funil do Diabo. Além dos romances escreveu as novelas: Traços e Iluminuras; Ânsia Eterna; Era uma vez…; A Isca (quatro novelas); A caolha. Escreveu ainda livros infantis, peças para teatro, etc. Júlia é conhecida como uma escritora abolicionista.

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