Mostrando postagens com marcador Ed Objetiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ed Objetiva. Mostrar todas as postagens

3 de janeiro de 2016

As Irmãs Romanov - Helen Rappaport


Helen Rappaport reconstrói a vida das irmãs Romanov, as quatro grã-duquesas da família imperial russa cujo fim brutal marcou a história mundial. Lançamento da Editora Objetiva.


As Irmãs Romanov
Helen Rappaport
Editora Objetiva
ISBN-13: 9788547000004
2016
528 páginas

Ao longo dos anos, a história da brutal execução das quatro grã-duquesas Romanov turvou nossa impressão a respeito de quem elas realmente foram. Com frequência, são vistas como um belo mas insignificante detalhe na história dos pais, Nicolau e Alexandra, o último casal imperial da Rússia. 
A imagem que prevalece é a de que eram jovens adoráveis e donas de uma vida invejável, mas a verdade é bem diferente. 
As irmãs Romanov reconstrói a vida da última família imperial russa com ênfase na rotina de Olga, Tatiana, Maria e Anastácia. A alegria e a insegurança dessas jovens princesas são retratadas aqui tendo como pano de fundo os derradeiros dias da ordem mundial vigente até o início do século XX.

9 de março de 2015

Resenha: Minha Mãe é uma Peça - Paulo Gustavo

@edobjetiva
@Suma_BR

Minha Mãe é uma Peça traz histórias inéditas de Dona Hermínia, personagem criado pelo ator e comediante Paulo Gustavo. Sucesso no teatro e na tv, Hermínia é uma dona de casa e mãe de dois filhos que tem uma língua afiada e opiniões pra lá de sinceras - sobre tudo e todos! Neste livro ela coloca na berlinda os filhos, ex-marido, trabalho, internet, baladas, dieta, sexo, vizinhos, viagens - e por aí vai. Nada escapa dela! Garantia de diversão e boas risadas.



Casal de jovem é assim. Pega cachorro pra servir de estagiário de filho.

Na família de Dona Hermínia tem de tudo: drama, ingratidão, lições de sabedoria e muito, mas muito humor.
Dona Hermínia é uma mãe estilo "galinha", que tem sempre seus pintinhos debaixo de suas asas. Ou diria leoa, que vira bicho se alguém se meter a besta com sua prole. Neste livro ela esculhamba os filhos - Juliano e Marcelina -, dá conselhos de como criar as crianças e fala que eles têm que aprender desde cedo o sentido da palavra "não" - para tudo! Isso sem falar das rédeas curtas com direito a uns tabefes e "tabletadas"... 

Essa mãe mandona, neurótica e desbocada se preocupa realmente com os filhos. Está determinada a programar uma dieta para Marcelina, que se deixar, come tudo o que vê pela frente (e se faltar comida, é capaz de comer os sapatos da casa). E até ajudar Juliano à encontrar um emprego. Ai jesuisssss...
E a primeira palavra da Marcelina? É, não foi "não. Foi "papá"". Carlos Alberto ficou todo feliz achando que era "papai", mas fechou a cara quando Marcelina apontou pra um pedaço de pernil que tava na mesa. (pág. 16)
Mas aí, coitado de Juliano. Primeiro vai ter que encontrar alguém que goste dele do jeito que é. Quem vai querer um rapaz assim, desleixado, que só passa em casa pra comer e dormir? Não arruma nada em casa, não desvira nem um chinelo pra mãe não morrer. (pág. 45)
E o esculhambo não fica só nisso. Sobra pro ex-marido, o Carlos Alberto (que ela quer sempre manter por perto), para sua "secretária" Valdeia, para a vizinha barulhenta, pros velhinhos afobados na fila do banco (sintam-se vingados, bancários! rsrsrs) e até para Julia Roberts! 
Hermínia conta como "rastreia" seus filhos no "Feice, dá instruções de como se livrar dos operadores do telemarketing e  chuta o balde quando fala de Freud e seus "teoremas".

Essa profissão daí é uma  coisa complexa, porque tem um tipo de operador de telemarketing que eu gosto e outro que eu odeio. O que eu gosto é aquele que atende quando a gente liga. (...)  Mas o tipo de telemarketing que liga pra tua casa pra tentar te vender coisa eu não suporto! Sempre liga quado eu tô ocupada. (pág. 53)

Você vai viajar? Dona Hermínia dá palpites. Seu filho quer se inscrever para participar de um reality show? Ela diz como lidar com isso. E as fotos no Instagram? Veja as dicas de Herminia para saber como usar essa tecnologia a seu favor. 

(...) gente que não tem o que falar e nem tem o que fotografar, fica só fazendo foto de comida antes de comer. Eu acho que tinha que fazer diferente. Tinha que fazer a foto depois que come, mostrabdi o prato vazio. Isso ia ser muito útil pras mães saberem se os filhos estão se alimentando bem. Quer dizer, é mais uma tecnologia que o se humano não tá sabendo usar. (pág. 92)
O humor escrachado de Paulo Gustavo contamina o livro todo. Hermínia está sempre pilhada, não para quieta um minuto sequer - e nem sua língua afiada sossega na boca! Uma história puxa a outra que puxa outra que puxa outra. E assim o autor amarra tudo e todos com as neuras e comentários afiados de Dona Hermínia, o que torna a leitura hilária e empolgante. 


Para quem não sabe, o personagem de Dona Hermínia foi inspirado na mãe de Paulo Gustavo, Déa Lucia,  fonte de energia, alegria e loucuras para seus textos. Minha Mãe é uma Peça começou como monólogo no teatro em 2006 e virou filme em 2013. Na televisão, Paulo Gustavo é autor de Hiperativo e 220 volts e tem um programa no Multishow, o Vai Que Cola.
_______________________________________________________

O Livro


Minha Mãe é Uma Peça
Paulo Gustavo
Objetiva
Literatura Brasileira / Humor
ISBN 9788539006229
2015
152 páginas

A mãe mais querida do Brasil acaba de publicar seu primeiro livro! Dona Hermínia, personagem criada pelo comediante Paulo Gustavo, é sucesso absoluto na TV, no teatro e no cinema e, agora, quer conquistar milhares de leitores.
Em “Minha mãe é uma peça”, você vai rir e se divertir com as opiniões sinceras da Dona Hermínia sobre sexo, comportamento, família, dietas e religião. Ela dá conselhos de como criar os filhos, explica a antipatia que tem por Freud e sua “mania de colocar tudo que é culpa na mãe”, mostra como navegar na internet e faz seu guia de viagens. E, ao contrário dos manuais que ensinam como segurar o marido, conta os segredos para não perder o ex.
Ela narra as desventuras com a família. Marcelina, que está “imensa de gorda”, e Juliano, que em vez de trabalhar prefere decorar as coreografias daquela “cantora negona linda, a Cebion”, não são os únicos que escutam poucas e boas. Ela não poupa nem Freud, que tinha “mania de colocar tudo que é culpa na mãe”. Sobra bronca também para o ex-marido, Carlos Alberto, para a nova mulher dele, “a vaca da Soraia”, e para a empregada Valdeia, “que prefere ser chamada de secretária, mas ainda não chegou lá”.

Paulo Gustavo ficou famoso com o monólogo Minha mãe é uma peça, em cartaz desde 2006. Pelo papel, foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator. Em 2013, o espetáculo virou filme, que teve o maior público do cinema nacional no ano, com 4,6 milhões de espectadores. Agora, a dona de casa divertida e mandona, que arranca gargalhadas cúmplices no teatro, na TV e no cinema, surge no livro Minha mãe é uma peça em fotos, ilustrações e textos inéditos escritos com a colaboração de Ulisses Mattos e Fil Braz.

Minha Mãe é Uma Peça está a venda na Saraiva Online - clique aqui


13 de fevereiro de 2015

Minha Mãe é Uma Peça - Paulo Gustavo


A Objetiva lança em Março "Minha Mãe é uma Peça", personagem criada pelo comediante Paulo Gustavo. Sua língua afiada e opiniões sinceras - sobre tudo e todos! - é garantia de diversão para os leitores.


Minha Mãe é Uma Peça
Paulo Gustavo
Objetiva
Literatura Brasileira / Humor
ISBN 9788539006229
2015
152 páginas

A mãe mais querida do Brasil acaba de publicar seu primeiro livro! Dona Hermínia, personagem criada pelo comediante Paulo Gustavo, é sucesso absoluto na TV, no teatro e no cinema e, agora, quer conquistar milhares de leitores.
Em “Minha mãe é uma peça”, você vai rir e se divertir com as opiniões sinceras da Dona Hermínia sobre sexo, comportamento, família, dietas e religião. Ela dá conselhos de como criar os filhos, explica a antipatia que tem por Freud e sua “mania de colocar tudo que é culpa na mãe”, mostra como navegar na internet e faz seu guia de viagens. E, ao contrário dos manuais que ensinam como segurar o marido, conta os segredos para não perder o ex. 
Ela narra as desventuras com a família. Marcelina, que está “imensa de gorda”, e Juliano, que em vez de trabalhar prefere decorar as coreografias daquela “cantora negona linda, a Cebion”, não são os únicos que escutam poucas e boas. Ela não poupa nem Freud, que tinha “mania de colocar tudo que é culpa na mãe”. Sobra bronca também para o ex-marido, Carlos Alberto, para a nova mulher dele, “a vaca da Soraia”, e para a empregada Valdeia, “que prefere ser chamada de secretária, mas ainda não chegou lá”.

Paulo Gustavo ficou famoso com o monólogo Minha mãe é uma peça, em cartaz desde 2006. Pelo papel, foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator. Em 2013, o espetáculo virou filme, que teve o maior público do cinema nacional no ano, com 4,6 milhões de espectadores. Agora, a dona de casa divertida e mandona, que arranca gargalhadas cúmplices no teatro, na TV e no cinema, surge no livro Minha mãe é uma peça em fotos, ilustrações e textos inéditos escritos com a colaboração de Ulisses Mattos e Fil Braz.

Minha Mãe é Uma Peça já está em pré-venda na Saraiva Online - clique aqui

19 de agosto de 2011

Homens, Dinheiro e Chocolate (Versão Pocket) - Lorraine Clissod

Homens, Dinheiro e Chocolate 
Versão Pocket
Autora: Lorraine Clissod

Editora: Objetiva
Assunto: Literatura Estrangeira / Romance / AutoAjuda / Relações Interpessoais
ISBN: 9788539002610
Cód. Barras: 9788539002610
Reduzido: 3546938
1a Edição / 2011215 Págians

Lançamento previsto: 15/08/2011


- Sinopse:

Uma fábula sobre amor, coragem e autoconhecimento. Homens, dinheiro e chocolate é um livro de traços autobiográficos sobre a jornada de uma mulher perdida em um mundo de pensamentos e de desejos. Grande parte dessas aflições gira em torno da busca pelo amor, pelo sucesso profissional e da compulsão pelo chocolate. No livro, Maya passa todo seu tempo sonhando com uma vida perfeita. Como não acredita em fadas madrinhas, acaba se resignando à maçante rotina do trabalho e trava uma batalha diária contra o desânimo, o medo e a carência de açúcar e afeto. A comovente transformação pessoal de Maya em Homens, dinheiro e chocolate mostra que é possível viver uma história de amor sem perder a identidade, ganhar dinheiro fazendo o que se ama e transformar o chocolate em fonte de prazer, não de sofrimento. Hoje, o livro foi traduzido em 18 países e Menna Van Praag tem uma legião de fãs de todas as idades ao redor do mundo.

-

8 de agosto de 2011

Shadowmancer, O Feiticeiro das Sombras - G. P. Taylor

Shadowmancer
O Feiticeiro das Sombras
Autor: G. P. Taylor

Editora: Objetiva
Assunto: Literatura Estrangeira / Juvenil / Ficção
ISBN: 8573026189
ISBN-13: 9788573026184
1a Edição / 2003
351 Páginas


- Sinopse:

Trata do eterno embate entre Deus e o Diabo, mas o faz de forma original, lançando mão da rica tradição folclórica da região de Yorkshire.

Elfos e outras criaturas mágicas povoam bosques e charcos desolados, e espíritos malignos se apoderam inesperadamente do corpo de homens comuns, tornando a luta ainda mais imprevisível e assustadora.

O livro convida o leitor a viajar para um mundo fascinante de ação e magia, que vai prender sua atenção e expandir os limites de sua imaginação.
___
G. P. Taylor
A obra transporta o leitor para a costa inglesa de Yorkshire no século XVIII. O local serve de cenário para um vertiginoso embate entre forças do bem e do mal, numa fantasia repleta de ilusões, bruxaria e suspense. De um lado, está o perverso e corrupto padre Obadiah Demurral, um feiticeiro sinistro determinado a controlar as forças mais poderosas do universo. De outros, os jovens Thomas Barrick e Kate Coglan, velhos conhecidos do padre e de suas maldades. Com o auxílio de um rapaz africano recém-chegado à região, Raphah, e a inesperada ajuda do contrabandista Jacob Crane, o grupo vai tentar a todo custo conter Demurral e as forças do mal que operam por trás dele. A aventura mudará para sempre a vida de todos. Taylor utiliza elementos da rica tradição folclórica da região de Yorkshire para criar uma narrativa emocionante e original. Elfos e outras criaturas mágicas povoam bosques e charcos desolados, e espíritos malignos se apoderam inesperadamente do corpo de homens comuns, tornando a luta ainda mais imprevisível e assustadora.
________


- A Série:

Shadowmancer
1. Shadowmancer (2002)
2. The Curse of Salamander Street (2006)


________

- Outras Capas:



-

18 de julho de 2011

Christine - Stephen King

Christine
Autor: Stephen King

Editora: Objetiva
Assunto: Literatura Estrangeira / Terror
ISBN: 9788539001163
Cód. Barras: 9788539001163
Reduzido: 3533579
1a Edição / 2011
768 Páginas

Lançamento: Junho / 2011


- Sinopse:

Arnie Cunnigham era um perdedor. Rosto coberto de espinhas, desajeitado com as garotas, magro demais, passava os dias pelos corredores da escola, tentando fugir da gozação dos colegas. Isso até Christine - personagem que dá nome ao livro - entrar em sua vida. Amor à primeira vista. A partir desse dia, o mundo ganha novo sentido. Tudo o que Arnie quer é estar junto de Christine. Mas não se espere um novo Romeu e Julieta, tratando-se da mente assombrosa de Stephen King. Christine é um carro. Um Plymouth Fury 1958. Um feitiço sobre rodas que se apodera de Arnie e faz dele alguém diferente. Há algo poderosamente maligno solto pelas estradas de Libertyville. Uma força sobrenatural que vai deixando seu rastro de sangue por onde passa.
-

25 de fevereiro de 2011

Ua-Brari: Do Outro Lado do Mundo Autor: Marcelo Rubens Paiva

Ua-Brari - Do Outro Lado do Mundo
Autor: Marcelo Rubens Paiva

Editora: Objetiva
Assunto: Literatura Brasileira / Romance
ISBN: 8539001829
ISBN-13: 9788539001828
1ª Edição / 2011256 Páginas

Lançamento previsto: 7/2/2011


- Sinopse:

O livro conta a trajetória de Fred. Começa com o protagonista parado no acostamento da rodovia Castelo Branco, a roupa encharcada de suor, aguardando o amigo que foi em busca de combustível para o carro. Ele está indo para o casamento de Bia, sua antiga paixão.
Bia vai se casar com Júlio, que é irmão de Zaldo. Todos estudaram juntos quando jovens, mas não desconfiam que suas vidas em breve estarão interligadas num enredo de paixão, drama, dor e loucura.
Fred e Bia retomam o romance no dia do casamento dela e um redemoinho se forma quando o rapaz, que é jornalista, é convocado para fazer uma expedição à Amazônia. Sua missão é descobrir o paradeiro de Zaldo, que, ao se embrenhar na mata, desapareceu. Mais tarde chega a notícia de que ele lidera uma seita e é tratado como messias pelos povos da floresta. Chamam-no de 'Ua-Brari', que, segundo lenda dos índios Macuxi, é o nome do jovem que conhecia o caminho para o outro lado do mundo. Júlio, irmão de Zaldo e marido de Bia, é o acompanhante de Fred na jornada. Então um furacão toma conta da vida de todos.
-

13 de fevereiro de 2011

Bravura Indômita - Charles Portis

Bravura Indômita
Autor: Charles Portis

Editora: Alfaguara / Objetiva
Assunto: Literatura Estrangeira / Romance

Tradutor : Cassio de Arantes Leite
ISBN: 9788579620430

Cód. Barras: 9788579620430

Reduzido: 3375414
1a. Edição  / 2011
192 Páginas

Lançamento Previsto:  21/01/2011.


- Sinopse:

Considerado uma obra excêntrica e, sobretudo, cômica, Bravura Indômita conta a história de Mattie Ross, uma menina de Dardanelle, Arkansas, que aos 14 anos decide abandonar a fazenda natal para caçar o homem que matou traiçoeiramente seu pai e roubou os seus poucos pertences. Com a ajuda de Rooster Cogburn - o mais inclemente dos agentes federais à sua disposição - e de um homem da lei texano, ela parte numa jornada em território desconhecido à procura de vingança.

Com uma incrível personalidade, a jovem protagonista tem de enfrentar homens violentos e a própria inconstância de seus aliados. Sua obstinação, no entanto, tem a capacidade de enfraquecer toda e qualquer resistência ao seu redor.
-

10 de janeiro de 2011

Sombras da Noite - Stephen King

Sombras da Noite
Autor: Stephen King

Editora: Objetiva
Assunto: Literatura Estrangeira / Terror
ISBN: 9788573026467

Cód. Barras: 9788573026467

Reduzido: 2602833
1a Edição / 2010



416 Páginas



- Sinopse:

Stephen King reúne aqui 19 de seus mais inquietantes contos- relatos de acontecimentos bizarros e atos impensáveis, surgindo daquela região crepuscular onde ruídos nas paredes e sombras perto da cama prenunciam algo terrível que ronda à solta.

Os cenários são familiares e acima de qualquer suspeita - um colégio, uma fábrica, uma lanchonete rodoviária, uma lavanderia, um milharal.
Mas no mundo de Stephen King, qualquer lugar pode servir como território sobrenatural. Só é necessária uma hora propícia da noite e a distração das vitimas.
Alguns desses clássicos inspiraram filmes memoráveis: As Crianças do Milharal (Colheita Maldita) O Homem do Cortador de Grama (O Passageiro do Futuro), A Máquina de Passar Roupa (Mangler: O Grito de Terror) e Às Vezes Eles Voltam.
_______

- Leia um Trecho:

Jerusalem’s Lot
2 de outubro de 1850

Caro Bones,

Como foi bom penetrar no saguão frio e arejado aqui de Chapelwaite, todos os ossos doendo por causa daquela abominável carruagem, necessitando de um alívio imediato de minha bexiga inchada — e ver uma carta endereçada com o seu próprio e inimitável garrancho sobre a horrível mesinha de cerejeira ao lado da porta! Esteja certo de que me pus a decifrá-la assim que as necessidades do corpo foram satisfeitas (num banheiro no andar de baixo, friamente decorado, onde eu podia ver meu hálito subindo diante dos meus olhos).
Fico feliz por saber que você se recuperou do miasma que durante tanto tempo esteve instalado em seus pulmões, embora lhe garanta que na verdade simpatizo com o dilema moral em que a cura o deixou. Um abolicionista enfermo curado pelo clima ensolarado da escravagista Flórida! Ainda assim, Bones, peço-lhe, como um amigo que também caminhou pelo vale das sombras, que se cuide e não se aventure de volta a Massachusetts até que seu corpo lhe dê permissão. Sua mente lúcida e
sua pena incisiva não nos servem para nada se você regressar ao pó, e se o Sul é uma região capaz de curá-lo, não há uma justiça poética nisso?
Sim, a casa é tão bonita quanto fui levado a crer pelos testamenteiros do meu primo, mas bem mais sinistra. Fica no alto de um imenso e saliente promontório a talvez uns 2 quilômetros ao norte de Falmouth e a uns 6 quilômetros ao norte de Portland. Atrás dela há cerca de um hectare e meio de terra, dominado outra vez pela natureza da maneira mais formidável que se poderia imaginar — juníperos, cipós, arbustos e várias formas de trepadeiras sobem desordenadamente pelos pitorescos muros de pedra que separam a propriedade das terras municipais. Horrorosas imitações da estatuaria grega espiam às cegas através de todo esse mato, no alto de várias pequenas colinas — parecem, na maioria dos casos, prestes a investir contra o passante. O gosto do meu primo Stephen parece ter percorrido toda a escala desde o inaceitável até o claramente horrível. Há uma casinha de verão esquisita que foi quase soterrada pelo sumagre escarlate e um grotesco relógio de sol no meio do que outrora deve ter sido um jardim. Ele dá o toque lunático final.
Porém a vista do salão mais do que justifica tudo isso; tenho um panorama vertiginoso dos rochedos ao pé do promontório de Chapelwaite e do próprio Atlântico. Uma imensa janela saliente abre-se para essa paisagem, a cujo pé fica uma imensa secretária, de forma semelhante a um sapo. Vai ser ótimo para o começo daquele romance sobre qual venho falando faz tanto tempo (e sem dúvida cansativamente).
Hoje o dia esteve cinzento com ocasionais períodos de chuva fina. Tudo parece aos meus olhos ser um estudo em cinza escuro — as rochas, velhas e gastas como o próprio Tempo, o céu, e, é claro, o mar, a arrebentar contra as presas de granito lá embaixo com um som que não é precisamente som, mas vibração — posso sentir as ondas sob os meus pés no instante mesmo em que escrevo. A sensação não é de todo desagradável.
Sei que você desaprova meus hábitos solitários, caro Bones, mas asseguro-lhe de que estou bem e feliz. O Calvin está comigo, prático, silencioso e digno de confiança como sempre, e lá pelo meio da semana tenho certeza de que nós dois já teremos arranjado nossos negócios e tomado providências para as entregas necessárias da cidade — e uma equipe de faxineiras para começar a tirar a poeira deste lugar!
Vou terminar — há tantas coisas mais para ver, quartos a explorar, e sem dúvida mil peças de execrável mobília para serem contempladas por estes olhos delicados. Mais uma vez, meus agradecimentos pelo toque familiar trazido pela sua carta, e pela sua constante consideração.
Mande meu apreço à sua mulher, já que vocês dois o têm.
Charles
___
6 de outubro de 1850

Caro Bones,

Que lugar, este aqui!
Continua a me surpreender — tanto quanto as reações dos moradores da aldeia mais próxima à minha presença. É um lugarzinho esquisito com o nome pitoresco de Preacher’s Corners. Foi lá que Calvin fez um acordo para o envio das provisões semanais. Da outra incumbência, a de garantir um suprimento suficiente de lenha para o inverno, ele também cuidou. Mas Cal voltou com um rosto sombrio, e quando lhe perguntei qual era o problema, ele respondeu, de um modo bem sinistro:
— Acham que o senhor é maluco, Sr. Boone!
Ri e disse que talvez tivessem ouvido falar da febre cerebral que me acometeu após a morte da minha Sarah — com certeza eu falava de um jeito bem maluco naquela época, como você pode comprovar.
Mas Cal alegou que ninguém sabia de coisa alguma a meu respeito exceto por intermédio do meu primo Stephen, que havia contratado os mesmos serviços que eu agora tomava providências para assegurar.
— O que disseram, senhor, é que qualquer um capaz de morar em Chapelwaite ou deve ser maluco ou corre o risco de se tornar um.
Isso me deixou totalmente perplexo, como você pode imaginar, e perguntei quem lhe dissera coisa tão surpreendente. Ele me disse que se referia a um madeireiro carrancudo e algo embriagado chamado Thompson, proprietário de 160 hectares de pinheiros, bétulas e abetos, que derruba e transporta a madeira com a ajuda de seus cinco filhos, para vendê-la às fábricas em Portland e aos proprietários das imediações.
Quando Cal, ignorante de seu estranho preconceito, informoulhe a localidade em que a madeira deveria ser entregue, esse tal de Thompson encarou-o de queixo caído e disse que mandaria os filhos com a madeira, durante a segura luz do dia e pela estrada que acompanha o mar.
Calvin, aparentemente tomando a minha perplexidade por aflição, apressou-se em dizer que o homem fedia a uísque barato e que havia então mergulhado num falatório sem sentido sobre uma aldeia abandonada e os parentes do primo Stephen — e vermes! Calvin terminou seus negócios com um dos filhos de Thompson, que, presumo, foi bastante ríspido e não estava nem um pouco mais sóbrio ou com o odor mais agradável. Também presumo que houve reações semelhantes na própria Preacher’s Corners, na mercearia, com cujo dono Cal falou, embora neste caso os comentários tenham sido mais no estilo da fofoca,
do disse-me-disse.
Nada disso me incomodou muito; sabemos como essa gente rústica adora enriquecer suas vidas com o cheiro do escândalo e do mito, e suponho que o pobre Stephen e esta parte da família sejam um prato cheio. Como disse para o Cal, um homem que morre caindo praticamente do seu próprio pórtico de entrada provavelmente vai dar o que falar.
A casa em si é uma surpresa constante. Vinte e três quartos, Bones! Os lambris que revestem os pisos no andar de cima e a galeria dos retratos estão embolorados, mas ainda são sólidos. Enquanto eu estive no quarto do meu finado primo, no andar de cima, podia ouvir os ratos correndo por trás dos lambris, e devem ser ratos grandes, pelo barulho que fazem — é quase como se houvesse gente andando ali. Detestaria encontrar um deles no escuro; aliás, mesmo no claro. Não notei, entretanto, nem buracos nem excrementos. Estranho.
A galeria no andar de cima é recoberta por retratos ruins em molduras que devem valer uma fortuna. Alguns assemelham-se com Stephen, tal como me lembro dele. Acredito ter identificado corretamente meu tio Henry Boone e sua mulher Judith; e os outros não são familiares. Suponho que um deles seja o meu notório bisavô, Robert. Mas o lado de Stephen da família é praticamente desconhecido para mim, o que lamento do fundo do coração. O mesmo bom humor estampado nas cartas de Stephen para Sarah e para mim, a mesma luz do intelecto elevado brilham nesses retratos, por piores que sejam. Por que razões tolas as famílias brigam! Um escritoire arrombado, palavras duras entre irmãos hoje mortos há três gerações, e descendentes sem qualquer culpa encontram-se desnecessariamente afastados. Não posso evitar refletir sobre como foi uma grande sorte você e John Petty terem conseguido contactar Stephen quando parecia que talvez eu fosse acompanhar minha
Sarah, atravessando os Portões — e sobre como foi um grande azar o fato de que o destino nos roubasse um encontro face a face. Como eu teria adorado ouvi-lo defender a estatuaria e a mobília ancestrais!
Mas não quero denegrir este lugar ao extremo. O gosto de Stephen não era o meu, verdade, mas abaixo da superfície de suas aquisições há peças (algumas delas protegidas por capas, nos aposentos superiores) que são verdadeiras obras de arte. Há camas, mesas e volutas pesadas e escuras feitas em teca e mogno, e muitos dos quartos e salas de recepção, o escritório no andar de cima e a pequena sala de visitas têm um charme sombrio. Os pisos são de pinho de excelente qualidade, que brilha com uma luz interna e secreta. Há dignidade aqui; dignidade e o peso dos anos. Ainda não posso dizer que gosto do lugar, mas respeito-o. Estou ansioso para observá-lo mudar, conforme atravessemos as mudanças deste clima setentrional.
Deus, não paro de falar! Escreva em breve, Bones. Conte-me sua melhora, e dê-me as notícias que tiver da Petty e do resto. E por favor, não cometa o erro de tentar convencer algum novo conhecido sulista a adotar seus pontos de vista por imposição demasiada — suponho que nem todos se contentem em responder apenas com a boca, como o nosso prolixo amigo, Sr. Calhoun.

Seu afetuoso amigo,
Charles


Fonte: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/leiamais?pro_id=2602833
_______

- Outras Capas:



-
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...