16 de janeiro de 2010

Virtude Indecente - Nora Roberts



LEITURA DA SEMANA


Acabei de ler “Virtude Indecente”, minha primeira experiência com Nora Roberts!
É uma mescla de assassinato, romance, poder e, digamos, realidade.

Achei o livro gostoso de se ler (a escrita de Nora Roberts flui...) mas confesso que esperava mais, muito mais... talvez eu tenha criado uma certa expectativa quanto à essa super-autora.
Para mim, o ápice do livro ocorreu no último capítulo apenas, bem lá no finalzinho.
Os personagens são próximos à nossa realidade, gente que come, bebe, dorme, trabalha e tem problemas como todos nós - nenhum “príncipe encantado”, nenhuma “donzela”.
O que achei foi certa falta de profundidade nos personagens: eu sempre gosto de saber como o personagem se sente e o que pensa. E essa “empatia” é extremamente importante para mim pois sempre me ponho na “pele” do personagem. Nesse livro, pelo menos, não senti essa “profundidade” e tão pouco “afinidade”. Peço desculpas aos amantes de Nora Roberts, mas senti que faltou alguma coisa. Gostei do livro e da história, mas não posso afirmar que “amei”.

Mas mesmo assim é um livro gostoso, leitura descompromissada.

Nota: 8

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Virtude Indecente
Autora: Nora Roberts

Editora: Bertrand Brasil
Assunto: Literatura Estrangeira - Romances
Tradutora: Alda Porto
ISBN: 8528613984
ISBN-13: 9788528613988
1ª Edição - 2009
294 Páginas


- Sinopse:

Em 'Virtude Indecente', Nora Roberts apresenta Grace McCabe, escritora policial de sucesso que viaja à casa da irmã, Kathleen, em Washington, a fim de descansar após longa turnê de lançamento de seu último livro. Ela só não imaginava passar na vida real o que seus personagens vivem na ficção. Ao chegar a Washington, Grace fica chocada com o trabalho da irmã - operadora de telessexo, sob o pseudônimo Desiree. Kathleen alega que o emprego é estranho, mas, como a empresa garante o anonimato das funcionárias, realizar os sonhos de homens carentes torna-se bastante interessante. Até o dia em que ela aparece morta em casa, estrangulada com o fio do telefone. Mesmo desafiando o vizinho de sua irmã e detetive responsável pelo caso, Ed Jackson, Grace monta uma armadilha perigosa para tentar pegar o assassino. Seu plano é audacioso, o que deixa Ed totalmente contrariado. Porém, ele começa a funcionar e é tarde para deixá-lo de lado.

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- Na Contra-Capa:

Quando uma superstar da literatura policial visita a irmã, pretendento relaxar e espairecer da cansativa turnê de lançamento de seu novo bestseller, vê-se na pista de um assassino da vida real que já desestruturou sua vida e agora... pretende matá-la.
Grace McCabe fica chocada ao descobrir que a irmã Kathleen mora num subúrbio decadente de Washington, D.C., e complementa a renda como operadora de telessexo após ter passado por um divórcio penoso. Entretanto, com a empresa Fantasia garantindo anonimato completo aos funcionários, até onde essa atividade pode ser perigosa? Grace logo descobrirá a resposta quando certa noite, ao regressar para casa, depara-se com uma cena tenebrosa, que poderia ter saído de um de seus mais apavorantes romances.
Ignorando as advertências do tranqüilo detetive Ed Jackson, monta sozinha sua própria armadilha para incitar o assassino a sair do esconderijo.
Mas o que pode protegê-la de um maníaco cuja volúpia de matar não se detém diante de nada... nem de ninguém?
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- Trechos Interessantes:

- Então talvez tenha duas horas de vez em quando à noite pra mim.
Ed pegou o suco e tomou um longo gole.
- Duas horas – repetiu – De vez em quando?
- É. Eu não ia esperar que me desse todo o seu tempo livre, apenas me espremer quando você estiver a fim.
- Quando eu estiver a fim – ele murmurou. (...)
- Você poderia ser meio meu consultor especialista, entende? (...)
Consultor. Um tanto perturbado pelos próprios pensamentos, Ed afastou a mente das pernas dela.
(Ed e Grace – pag 35)

Pensou besteira, né?

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Ele comia sozinho com freqüência, tendo apenas um livro como companhia, mas fazia mais do que controlar o colesterol e os carboidratos. Tudo era uma questão de atitude, decidira muito tempo antes. Pratos de verdade e uma mesa faziam a diferença enre a refeição solitária e a de alguém abandonado.
(Ed – pag 95)

Ótima colocação da autora...
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- (...) Vai me levar para a cama ou não?
Ele enterrou os lábios no pescoço dela. (...) Ed colou os lábios na testa dela e soltou-a.
- Vou alimentar você.
- Oh – ela recuou um passo (...) – Tem certeza?
- Sim.
- Ótimo (...) Se não se sente atraído, então...
Pela segunda vez, aquele policial a fazia rodopiar furiosa (...) Talvez o houvesse xingado, se ele já não lhe ocupasse a boca.
(...)
- Acha que não me sinto atraído por você?
- Posso ter me enganado.
(Ed e Grace – pags 158 e 159)

Esse foi um breve hot-momento!
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Sempre fora um homem tradicional. As mulheres deviam ser valorizadas, apreciadas e protegidas. A amada tinha de ser tratada com delicadeza, respeitada e, acima de tudo, admirada. Queria pô-la num pedestal, mas já sabia que Grace iria contorcer-se até tombar.
Ed também sabia ser paciente. Isso constituía uma das melhores qualidades de um policial, e com a qual tivera grande sorte de nascer. Portanto, o passo lógico seria dar-lhe tempo e espaço até conseguir manobrá-la com sucesso para o lugar exato onde queria que ela ficasse. Com ele.

(Ed – pags 212 e 213)

Adorei essa colocação do Ed! Existem homens assim??? Aonde? Só poderia ter sido uma mulher que escreveu esse "pensamento" do Ed...

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- Sabe de uma coisa, Jackson, se eu não o conhecesse melhor, juraria que em medo de mim.
- Morro de medo de você.
(Ed e Grace – pag 216)

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- Não, mas mal não fez. Sempre fui doido por pernas.
- Ah, sim. – sorrindo, ela esfregou a dela na dele. – E por que mais?
- Você. Dede o inicio. – Ele tomou-lhe os cabelos na mão para poder olhá-la. Chega de momento certo, cautela e planos bem fundamentados. – Grace, quero que você se case comigo.
(Ed e Grace – pag 220)

Que velocidade foi essa? Há quanto tempo eles se conheceram? Uma semana, duas?

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- É a minha voz – ela respondeu sem rodeios. (...) – Pode instalar todas as policias que quiser, mas já tomei as providências. Vou trabalhar para a Fantasia e começo esta noite.
- O diabo que vai.
Ed levantou-se, agarrou-lhe o braço e puxou-a da sala.

(Ed e Grace – pag 230)

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- Se concordarmos, você fará exatamente o que lhe mandarem?
- Farei.
- Mesmo que não goste?
- Detesto promessas que se aplicam a tudo, mas tudo bem.

(Ed e Grace – pag 234)

___

- A verdade é que detesto. Posso entender por que está fazendo isso e, do ponto de vista de um policial, vejo a vantagem. Mas...
- Está com ciúme.
- O diabo que estou.
- Sim, está. – Ela afagou-lhe a mão. – Obrigada. Fique tranqüilo, se algum deles me deixar excitada, eu corro atrás de você.
- Isso não é brincadeira.

(Ed e Grace – pag 252)

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- Mais difícil será vê-la partir – concluiu Bem. – Talvez ela não vá mais embora, Ed.
Um amigo não abandonava o parceiro.
- Eu a amo tanto que seria mais fácil saber que estava lá, segura, do que aqui comigo.

(Ed e Bem – pag 268)

Esse Ed é muuuuito FOFO!

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- Ed, se importa? Não quero ficar aqui, quero ir para casa.
- Lamento, Grace, seria impossível você voltar para Nova York esta noite. Só daqui a dois dias, depois que encerrarmos o trabalho burocrático.
- Nova York? (...) Eu disse que queria ir pra casa, Ed. É a casa ao lado. – Quando ele se virou para encará-la, ela tentou esboçar um sorriso. – Isto é, se a oferta ainda estiver de pé.
- Está. (...)

(Ed e Grace – pag 293)
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- Meus Comentários e Resenha:

A trama gira em torno de Grace McCabe, uma famosa escritora de romances policiais e de Ed Jackson, um bom (e gostoso) policial.

Vi Grace como uma mulher descompromissada com a vida que, apesar de ser uma escritora de sucesso, não quer enxergar os “problemas” que estão à sua volta. Desleixada com sua comida e com o tipo de vida que leva, Grace parece pouco se importar com a realidade que a cerca.
Já Ed é um Deus Grego em forma de policial. De pé no chão, o bonitão é bondoso, caseiro e apesar do trabalho estressante, é extremamente amável e delicado com Grace e seus amigos. (quem me dera...). Sabe cozinhar, é um ótimo construtor, carpinteiro, marceneiro ou seja lá o que for, ele é forte e coloca a mão na massa. Logo de cara se apaixona pela espevitada Grace mas, como um verdadeiro gentleman, começa pelas pontas, dando-he espaço e conquistando-a aos poucos com sua personalidade.

Apesar da velocidade dos acontecimentos do livro, ainda assim, acredito que faltou profundidade. Este livro daria um ótimo filme, um thriller policial interessante (mas com o final já esperado).


- A História:

Depois de encerrar a turnê de lançamento de mais um de seus livros, Grace decide visitar sua irmã Kathleen que recentemente havia se divorciado de seu rico marido. Lá, velhas feridas de família parecem aflorar entre as duas uma vez que a organizada e sistemática Kathleen sempre teve um ponta de ciúmes do sucesso de Grace.
Kathleen é uma personagem fria que a príncipio acreditamos ser uma vítima de um casamento fracassado. Mais tarde descobrimos que não é bem assim...
Tentando conseguir dinheiro suficiente para contratar um bom advogado para obter a guarda de seu filho Kevin, a conservadora Kathleen arranja um emprego nada usual: operadora de telessexo. O que ela não imaginava era que sua voz sedutora fosse o estopim para desencadear a fúria assassina de um obsessivo jovem que, por fim, assassina Kathleen. Tudo isso logo nos 2 primeiros capítulos!

Daí para frente, a história passa de um drama familiar para um morno thriller policial.

Grace, disposta a pegar o assassino, fica na cidade morando na casa da falecida irmã. E é neste ponto que ganhamos então uma pitadinha de romance com Ed, o charmoso policial (e vizinho) de Grace. Logo ele se transforma em seu amigo e, mais tarde, em seu guarda-costas, amante e, bem, algo mais...
A obstinada Grace não desiste de pegar o assassino da irmã nem que para isso tenha que ser a própria isca – para desespero de Ed.
Fico por aqui porque daqui para frente a história é previsível...

Como eu já disse: gostei mas esperava mais, muito mais!

6 comentários:

  1. esse livro é meio que continuação de "PECADOS SAGRADOS ". Concordo que esses livros são meio fracos, mas se quizer apaixonar pala Nora Roberts, leia " A VILA " ou "SEGREDOS" ou "TRAIÇÔES LEGITÌMAS" são maravilhosos. beijos . Érika

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  2. Oi Érika,
    Vou ler uma dessas indicações suas.

    Obrigada pelas dicas!

    Bjs,
    Vick

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Olá!
    Nunca li nenhum livro dela, mas sempre tive vontade, assim que vonseguir vou querer ler, aliás porque o nome "artistico" que a irmã da personagem principal usa, é o meu huashuahus, Desireé huehue

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  5. Olá !
    Amei sua resenha. De verdade !
    Dê mais uma chance para a Nora, leia a Trilogia do Coração e depois me fale.
    Tenho certeza que você vai gostar.
    Beijos de fada.
    Luka.

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  6. Oi Luka! Pode deixar, não quero tirar Nora Roberts da minha "prateleira". Ainda vou me aventurar em mais alguns romances dela para ter certeza "se gosto ou não."
    Vou seguir as dicas da Érika e quem sabe eu me apaixone... rsrsrs

    Bjs e boa semana!
    Vick

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