Como adoro Victor Hugo e hoje é dia dos clássicos, nada como um poema...
Os Cantos do Crepúsculo
Desde que eu meu lábio levei ao copo plenamente cheio ,
Desde que eu minhas mãos coloquei em minha fronte pálida,
Desde que eu respirei às vezes o sopro suave
De tua alma , perfume de tua sombra enterrada,
Desde que me era dado ouvir um ao outro me chamar
As palavras que se derramam no coração misterioso,
Desde que eu vi chorar , desde que eu vi sorrir
Sua boca em minha boca e seus olhos em meus olhos;
Desde que eu vi brilhar em minha cabeça encantada
Um raio de tua estrela, ai! sempre escondida ,
Desde que eu vi desabar nas ondas de minha vida
Uma folha de rosa arrancou os teus dias,
Eu me coloco agora a contar os rápidos anos :
- Passam! Passam sempre! Eu não tenho mais a idade !
Vou partir para que tuas flores desbotem todas;
Eu tenho na alma uma flor que ninguém pode colher!
Suas asas batendo não farão que nada se derrame
Do vaso d’água que bebo e que eu bem enchi
Minha alma não tem mais fogo do que vós possuis em cinzas!
Meu coração não tem mais amor do que vós possuis esquecimento!
Crepúsculo!
ResponderExcluirUma palavra inspiradora.
Os Cantos do Crepúsculo... Não conhecia. Vou buscar em francês. O original deve ser belíssimo.
Muito lindo. Amei como amo seu blog.
Mil beijinhos
Olá Izabelle,
ResponderExcluirQue bom ver vc por aqui!
Se prepare pois pretendo ás sextas postar algum poema, texto ou trecho de livro de autores consagrados...
Bjs,
Vick