18 de junho de 2010

Frieza - Florbela Espanca


Frieza
Florbela Espanca

Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.

Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!

Mas não te invejo,Amor,essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!

Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah!Quem me dera, Irmã, amar assim!"


3 comentários:

  1. Adoro Florbela! Acho maravilhosa sua iniciativa de colocar os sonetos desta divina poetisa no blog.

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  2. Oi Diana!
    As vezes me controlo pra não postar toda "santa semana" sobre Florbela rsrsrs

    Bjs,
    Vick

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

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